Plantas de algodão rebrotadas são verdadeiras fontes de pragas e doenças para o novo ciclo, em especial para o bicudo do algodoeiro, a ramulária e as principais lagartas que atacam a cultura do algodão. A questão é debatida pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) na Circular Técnica nº 41/2019.
Os pesquisadores do IMAmt Edson Andrade Junior e Marcio Souza alertam que a destruição das soqueiras é obrigatória por lei, tanto que no estado do Mato Grosso existe o Vazio Sanitário do Algodoeiro.
Os especialistas destacam que uma das principais formas de eliminação dos restos culturais do algodão é a química, através do uso de herbicidas, visto a agilidade e a necessidade de não se revolver o solo.
Essa destruição química pode ser dividida em três métodos:
1 - Destruição iniciada no toco:
Utilize a roçadeira para deixar as plantas com 20 a 30cm. Procure deixar a ponta do toco estraçalhada.
Primeira aplicação logo após a roçada (20 a 30 min).
Monitore e em caso de rebrote, aplique novamente.
Número médio de aplicações: 2
2 - Destruição no rebrotes
Utilize a roçadeira para deixar as plantas com 20 a 30cm. Procure realizar o corte o mais rente possível.
A primeira aplicação será quando perceber um bom número de rebrotes com tamanho entre 5 e 8cm.
Monitore o surgimento de novos rebrotes para nova aplicação.
Número médio de aplicações: 2
3 - Destruição "planta em pé"
As plantas não são roçadas.
A primeira aplicação será quando perceber um bom número de rebrotes com tamanho entre 5 e 8cm.
Monitore o surgimento de novos rebrotes para nova aplicação.
Nesse caso, a primeira aplicação deve ser feita no máximo 15 dias após a colheita, respeitando o vazio sanitário.
Número médio de aplicações: 2
Link para a circular técnica nº 41/2019: https://imamt.org.br/wp-content/uploads/2019/03/circular_tecnica_edicao41_bx.pdf